quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Shiiiiiiiiiiiiiiiiii, duas cabeças!!!!!



A resposta está na cartilha!

Ele tem o corpo alongado, formado por anéis e coberto por escamas. Quem viu jura que é uma cobra e, pior ainda, de duas cabeças. Nossa! Mas, na verdade, não é nada disso. O anfisbênio é um réptil, um parente das serpentes e dos lagartos, sem ser nem um nem outro, mas um bicho diferente. Muita gente nem sabe de sua existência. Então, para apresentá-lo, a Universidade Estadual de Feira de Santana lançou uma cartilha que conta tudo sobre o animal: Nem cobra, nem duas cabeças: quem eu sou?
Como os anfisbênios se locomovem com facilidade para frente e para trás, dão às vezes a impressão de ter duas cabeças.Um dos motivos que faz com que o animal seja pouco conhecido é o seu hábito fossorial, ou seja, o fato de ele viver escondido debaixo da terra. Sua fama de cobra de duas cabeças nasceu porque seu corpo é muito parecido com o de uma serpente, e também porque ele é capaz de se locomover para frente e para trás com a mesma habilidade, daí a impressão que passa de possuir duas cabeças. Esta locomoção só é possível porque a pele do anfisbênio não está presa ao seu tronco, o que facilita o deslocamento do animal. Ao contrário de algumas espécies de cobras, os anfisbênios não injetam peçonha. Por isso, não há razão para pânico se, por acaso, você topar com um por aí. No entanto, eles possuem um conjunto de dentes especializados para rasgar os alimentos e que, sentindo-se ameaçados, podem usar para se defender com uma mordida bem doída, mas que não mata ninguém. No mundo, são cerca de 160 espécies de anfisbênios, distribuídas em diferentes famílias, com aproximadamente 60 espécies só no Brasil, encontradas em diversas regiões. "Esses animais são agentes ecológicos importantes, pois promovem a aeração do solo onde vivem em galerias construídas pelo próprio corpo", explica Maria Celeste Costa Valverde, professora do Departamento de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual de Feira de Santana. Isso quer dizer que os anfisbênios vão fazendo buracos no solo, o que contribui para que ele se torne mais fértil, pois permite que o oxigênio se distribua melhor por ele. A cartilha faz parte de um projeto que Maria Celeste desenvolve no estado da Bahia para apresentar o anfisbênio ao público. Ela é toda ilustrada com uma história em quadrinhos, fotos e desenhos que explicam detalhes do bicho. Além de promover o conhecimento sobre este animal curioso, a cartilha visa defendê-los. "A época das chuvas é uma sentença de morte para milhares de anfisbênios, pois as galerias onde vivem são inundadas, obrigando-os a sair para a superfície, sendo atacados indiscriminadamente pela população", lamentou a professora. Se você quiser saber mais sobre os anfisbênios, não perca a cartilha elaborada por Maria Celeste. Ela está disponível para download no endereço a seguir: www.uefs.br/download/zoo/cartilha.pdf (atenção: o arquivo de formato PDF tem cerca de 15 MB e pode demorar a baixar).Além disso, você também pode dar uma idéia ao seu professor e sugerir que ele solicite o material para trabalhar em sala de aula. Neste caso, é só entrar em contato com a professora Maria Celeste pelo e-mail cverde@uefs.br e ficar por dentro do mundo dos anfisbênios.

Cathia AbreuCiência Hoje das Crianças 04/01/2006



A aventura de descobrir uma espécie.

Entenda como os cientistas identificam animais ainda não descritos pela ciência!
Foi em uma viagem pelo rio Cururu-açu, no sul do Pará, em 1999. Os ornitólogos Elizabeth Höfling, Marcos Raposo e Renato Gaban-Lima viram um curioso papagaio: quase careca, sem penas na cabeça, ele tinha a pele da região de cor laranja. Os três logo pensaram que se tratava de uma nova espécie, pois as características dele não se encaixavam com as de nenhum papagaio que o trio conhecia! Mas, ao obter dados sobre a ave, descobriram que ela havia sido identificada como um jovem da espécie curica-urubu. "Foi um banho de água fria", lembra Marcos Raposo .
Acima, imagens das novas espécies de peixe, coruja e papagaio que foram recentemente descobertas e descritas no BrasilAnos antes, em 1980, o zoólogo Galileu Coelho coletou, em uma reserva em Pernambuco, duas corujas iguais e as levou para a universidade federal do estado, onde atuava. Lá, elas ficaram sem serem estudadas. Até que, em 1997, o professor José Maria Cardoso da Silva chegou à instituição. Com experiência na Amazônia, ele viu as aves e perguntou: que bichos são esses? Ao ouvir a resposta -- Glaucidium hardyi , presente na floresta amazônica --, duvidou. "As corujas eram bem diferentes dessa espécie", conta. "Propus, então, que fossem estudadas com calma." No mesmo ano, 1997, uma cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) coletou, por acaso, um peixe em um igarapé perto de Manaus. Ele era tão pequeno (dois centímetros) que não dava para dizer se pertencia a uma nova espécie ou se era só a forma jovem e desconhecida de algum grupo de peixes. Para piorar, não podia ser estudado a fundo pelos cientistas, pois era o único exemplar! "Em casos como esse, é prudente manter o animal intacto, como prova de que foi de fato achado", explica Jansen Zuanon , biólogo do Inpa envolvido no estudo do peixe. Essas histórias são diferentes, envolvem cientistas e bichos distintos, mas têm algo em comum: seu final. Todas terminaram com a conclusão de que os animais em questão -- o papagaio, a coruja e o peixe -- eram de uma espécie até então desconhecida pela ciência! Mas os ornitólogos não tinham descoberto que o papagaio era definido como um curica-urubu jovem? Sim! Os cientistas do Inpa não estavam impedidos de estudar o peixe e, assim, confirmar se ele era de uma nova espécie? Pois é. Mas, até aqui, você só conheceu o início das histórias e nem sabe como se descobre uma nova espécie... Uma espécie é considerada nova quando difere de todas as outras que já tiveram suas características descritas pelos cientistas. Essa diferença costuma ser sutil: no caso dos peixes, por exemplo, pode estar no número de escamas ou na forma dos dentes. Por isso, é preciso ser, em geral, um especialista para ter certeza de que uma espécie é nova! Taxônomos e sistematas são os especialistas em descrever novas espécies e estudar suas relações de parentesco. Eles comparam espécies já descritas entre si e podem encontrar exemplares que não se encaixam nas características de nenhuma espécie já conhecida. "Isso leva a estudos que, em geral, acabam com a publicação de um texto, descrevendo a nova espécie, em uma revista científica", explica Jansen Zuanon. Mas o que é preciso analisar para dizer se uma espécie é nova?! Isso é o que você vai descobrir na continuação desta série de textos!

Mara Figueira Especial para a Ciência Hoje das Crianças 12/05/04

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Múmias e suas descobertas!!





Múmias e outras peças em exposição contam a história de algumas doenças.

Crânios de milhares de anos podem indicar a presença de doenças muito antigas como a hidrocefalia. (Fotos: Ana Limp).
Dentes com cárie e tártaro, ossos com marcas de fratura, múmias... À primeira vista, o cenário pode parecer bizarro. Mas, na verdade, essas são algumas peças encontradas em uma exposição para lá de curiosa, que traz a história das doenças ao longo de milhares de anos. A mostra Paleopatologia – O estudo da doença no passado , em cartaz no Museu da Vida, no Rio de Janeiro, nos ajuda a entender como muitas doenças conhecidas atualmente já causavam transtornos para quem viveu há muito tempo. Uma mandíbula de 2.750 anos, por exemplo, revela que o homem pré-histórico já sofria com dor de dente. Isso porque os dentes que até hoje ela apresenta possuem sinais de cárie. Já uma outra peça das 60 que estão em exposição – uma cabeça do século 19 – mostra como é antiga a hidrocefalia – uma moléstia que torna o crânio mais largo. “A paleopatologia teve início no século 18, com os estudos de ossos fossilizados que apresentavam deformações, e procura entender o processo de saúde e doença ao longo do tempo”, explica Sheila Mendonça de Souza, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, organizadora da mostra. Mais do que dentes ou crânios, porém, as grandes vedetes da exposição são as múmias trazidas de várias regiões do mundo, como Peru, Egito e até Brasil. Elas são de grande importância para a paleopatologia, uma vez que, para os cientistas, pequenos sinais nos corpos encontrados podem significar que ali houve fraturas, doenças, agressões e até revelar hábitos dos seres humanos que viveram no passado. E por falar em hábitos... Embora a mostra em cartaz no Museu da Vida tenha como foco as doenças do passado, a cultura dos povos antigos não ficou de fora. Muitos dos costumes de certas populações estão registrados na exposição, como as cabeças reduzidas, que um povo chamado Jívaro, originário do Equador, fazia (veja o boxe). Eles arrancavam e diminuíam as cabeças dos guerreiros que capturavam. “Os povos que praticavam essa técnica acreditavam na divindade. Eles eram muito espiritualizados e tinham a crença de que se fortaleciam com essa prática”, explica Sheila Mendonça. Na exposição, também podem ser vistos armas, cestos e outros utensílios do passado. Até uma espiga e grãos de milho de 3.500 anos, encontrados intactos, são apresentados. E, para encerrar, você ainda pode bancar o arqueólogo: o cientista que estuda os antigos povos que habitaram a Terra. Isso porque uma oficina lhe dá a chance de procurar vestígios de outros tempos.
Cathia Abreu Ciência Hoje das Crianças 26/06/2007

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Invenções.




Conheça o tamanduá-robô.




Ele não é de carne e osso, mas será capaz de demonstrar emoções. Venham, meninas e meninos, conhecer mais uma novidade da robótica, a ciência responsável por criar e construir robôs. Trata-se de uma invenção inspirada em um animal selvagem das florestas e savanas das Américas Central e do Sul muito comum no Brasil. Uma criação que não tem nada de carne, nem de osso, mas pode ser, no futuro, usada como um bicho de estimação. Estamos falando do tamanduá-robô, um robô interativo que está sendo desenvolvido no Instituto de Artes e no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília. “O robô, batizado de Amiko, é uma obra de arte robótica que não tem prazo de conclusão. Ele será aperfeiçoado com o passar do tempo, assim como ocorre com a própria evolução dos seres vivos”, conta Christus da Nóbrega, autor do trabalho de pesquisa que deu origem ao projeto. Quando estiver pronto, o tamanduá-robô será capaz de reagir com emoções e atitudes diferentes, como raiva, tristeza e alegria, combinando tudo isso com movimento. O invento poderá, por exemplo, seguir alguém com quem estiver brincando, ou se afastar de algo que o incomoda. A inteligência do robô estará na sua capacidade de aprender a se relacionar com as pessoas.

As posturas programadas para expressar os estados emocionais do tamanduá-robô são: neutro, alegria, tristeza, raiva, medo, dormindo. A cor dos olhos também mudará de acordo com o sentimento. (Créditos: Christus da Nóbrega).“O tamanduá-robô está programado para adotar algumas posturas consideradas universais pelos pesquisadores entre os animais, como abaixar a cabeça quando estiver triste. Se estiver com raiva, por exemplo, ele testará diferentes sons e posturas até encontrar a melhor forma de transmitir seu sentimento para as pessoas”, explica Christus. ( Clique aqui e assista a uma animação que mostra o tamanduá-robô em ação) Para demonstrar emoções, o tamanduá-robô terá alguns recursos tecnológicos. Os pêlos que apresenta nas costas, por exemplo, lhe permitirão sentir um toque e diferenciar uma carícia de um tapa. Além disso, ele será capaz de emitir e identificar sons específicos e verá o mundo através de uma câmera, de forma a identificar a luminosidade e reconhecer as pessoas. No futuro, a idéia é que ele também possa associar um determinado indivíduo com as informações de um histórico. Portanto, muito cuidado ao puxar o rabo do tamanduá: ele poderá guardar mágoa de você. Ninguém, porém, precisa se preocupar com um possível ataque do tamanduá-robô. Isso porque ele é dócil e só reagirá com sons e posturas. Além disso, as pessoas que ficam entediadas com coisas previsíveis também não têm razão para achar que logo enjoarão desse animal de estimação robótico. O tamanduá-robô será programado, assim como já é feito em alguns videogames, para, às vezes, agir de forma inesperada, tornando-se mais interessante. O tamanduá-robô ainda não está nas lojas, e nem há previsão de quando isso vai acontecer. Tudo irá depender de empresas que quiserem investir no conceito. No futuro, sistemas assim poderão ser utilizados em máquinas, eletrodomésticos e até brinquedos inteligentes, desenvolvendo, cada vez mais, o antigo sonho de robôs e pessoas interagirem.


Felipe Caruso Ciência Hoje das Crianças 27/07/2007

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Amazônia.


A Amazônia está mudando.

Fragmentação da floresta leva à perda de espécies locais e facilita a entrada de espécies exóticas As alterações na biodiversidade da Amazônia provocadas pelos desmatamentos vêm sendo estudadas de muitas formas. Um grande projeto de pesquisa investiga o que acontece em fragmentos florestais, de diferentes tamanhos, remanescentes da derrubada da mata ao seu redor. Estudos sobre as respostas de espécies de moscas e de outros animais revelam que a fragmentação da floresta leva à perda de espécies locais e a alterações na abundância de outras, além de facilitar a entrada de espécies exóticas. Também foi constatado que as pastagens são mais danosas à diversidade de espécies das áreas florestadas restantes nas proximidades do que as atividades agrícolas ou silviculturais. Considerada o maior reduto de vida no planeta, a Amazônia está mudando. Essa mudança na paisagem amazônica vem ocorrendo, em ritmo crescente, nos últimos 50 anos. Qualquer pessoa que sobrevoasse a Amazônia nos anos 50 veria a paisagem como uma floresta contínua, com algumas clareiras nas margens dos rios e nas vizinhanças das principais cidades. Hoje, um vôo por certas áreas da Amazônia brasileira, principalmente em suas partes nordeste e sul, mostrará imensas manchas provocadas pelo desmatamento, com terra desnuda ou recoberta com pastagens e cultivos agrícolas. Enquanto o Amapá tem 95% de sua floresta preservada, o nordeste do Pará e o oeste do Maranhão, segundo o Projeto Biota do Pará, conservam apenas 23% da vegetação amazônica, divididos em fragmentos, revelando índices de desmatamentos semelhantes aos registrados na mata atlântica, na região Sudeste.

Plantação de eucaliptos em Monte Alegre, no norte do Pará, onde os fragmentos florestais remanescentes têm sido estudados por cientistas. (Foto cedida pelos autores)Tal imagem causa desolação a muitos, mas é motivo de orgulho para outros. Os desolados pensam na floresta perdida, nas milhares de espécies extintas (muitas antes de serem conhecidas), no imenso patrimônio biológico e evolutivo desperdiçado (e, com ele, as oportunidades perdidas de novos conhecimentos, produtos e negócios). Pensam ainda no povo da floresta desprovido do seu modo de vida, sem oportunidade de materializar sua cultura, suas crenças e sua arte. Já os orgulhosos argumentam que isso significa progresso e vislumbram a Amazônia finalmente inserida no processo nacional de desenvolvimento, produzindo grãos, exportando minérios para o mundo e energia para o país. Mas afinal o que essa mudança no uso da terra significa para a biodiversidade? Como a biodiversidade responde a essa nova Amazônia? A biodiversidade amazônica é ainda muito mal mensurada. Não sabemos quantas espécies existem, conhecemos muito pouco sobre o papel de algumas espécies na sustentação da floresta e conhecemos menos ainda sobre as interações entre espécies e como elas respondem às variações do meio ambiente. Esse quadro de desconhecimento torna necessários estudos urgentes sobre as mudanças no uso da terra e suas conseqüências sobre a biodiversidade. Antes dos anos 80 o termo biodiversidade não era conhecido. Esse termo, que une as palavras ‘diversidade’ e ‘biológica’, foi popularizado pelo livro Biodiversity , de 1988, organizado pelo biólogo norte-americano Edward O. Wilson, um dos pioneiros da ecologia, a partir dos debates do Fórum Nacional de Biodiversidade, realizado dois anos em Washington (Estados Unidos) -- o livro foi publicado no Brasil em 1997. No conceito de biodiversidade estão incluídos todos os seres vivos e as relações que esses organismos têm entre si e com o meio físico, transformando e construindo florestas, lagos e todos os elementos da paisagem que normalmente chamamos de natureza. Assim, plantas, animais e ecossistemas passaram a ser entendidos como um complexo integrado, que dá forma e funcionamento à vida no planeta. A biodiversidade, portanto, não se refere exclusivamente aos organismos em si, mas também ao ambiente criado a partir da presença deles. É como um jogo de xadrez. De que valem as peças se não forem realizadas boas jogadas? Precisamos compreender as complexas regras desse jogo, para evitar ou minimizar nossas interferências nefastas. No caso da Amazônia, precisamos apreender a biodiversidade da região em toda a sua complexidade e dinâmica, entender os efeitos dos processos de mudança e buscar as melhores soluções para a manutenção dessa diversidade. Como responder a tal desafio?

Marlúcia Bonifacio Martins e Catarina de Lurdes Praxedes Coordenação de Zoologia, Museu Paraense Emilio Goeldi Ronildon Miranda-Santos Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia, Museu Paraense Emilio Goeldi Alessandra Azevedo Rodrigues da Silva Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (PA) Joana Evangelista Costa Museu Paraense Emilio Goeldi

Novo sapo do cerrado.










Sapo novo no cerrado.



Espécie descrita recentemente evidencia diversidade do bioma ainda não conhecida

O Chaunus veredas , recentemente descoberto no sudoeste baiano, é menor do que as outras espécies de sapo-cururu conhecidas. (Crédito: Reuber Brandão) Uma nova espécie de sapo acaba de ser identificada no sudoeste baiano. Batizado de Chaunus veredas , o animal se diferencia de outros do mesmo grupo por seu tamanho pequeno em relação à média e sua coloração. O novo sapo habita regiões de cerrado, o que evidencia a necessidade de mais estudos para desvendar a grande biodiversidade ainda não revelada desse bioma. O sapo foi encontrado em 2002, quando o herpetólogo Reuber Brandão, do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), foi contratado para realizar um levantamento da fauna do Parque Grande Sertão Veredas, localizado no norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia. “Assim que vi o animal, desconfiei que se tratava de uma espécie nova”, afirma Brandão. Algumas características inéditas do novo sapo em relação a outras espécies de sapo-cururu – como são conhecidos os sapos comuns – chamaram a atenção do pesquisador. Entre elas estão o crânio pouco ossificado e o tamanho pequeno em relação à média. A fêmea do C. veredas pode medir de 8,3 a 11,8 cm de comprimento e o macho de 8,7 a 11 cm; já as espécies maiores de sapos-cururus variam de 15 a 25 cm. Outro traço que diferencia o C. veredas é a coloração homogênea e amarelada dos machos da espécie. As fêmeas têm o corpo com padrão marmoreado nas cores marrom-atijolado e verde-água ou azul-piscina. O novo sapo habita predominantemente formações abertas de cerrado e áreas de solos arenosos. No período de seca, ele permanece enterrado e só sai nas estações chuvosas, para se alimentar e se reproduzir. Uma característica bastante peculiar da espécie é seu comportamento explosivo na reprodução: todos os indivíduos saem da terra na mesma época. Além disso, ao contrário das outras espécies de sapo-cururu, os machos de C. veredas tornam-se aptos à reprodução antes das fêmeas. Como os outros representantes do grupo marinus , que agrega diversas espécies de sapo-cururu, o C. veredas se alimenta de invertebrados. Como mecanismo de defesa, ele realiza o processo de tanatose, que consiste em se fingir de morto ao se deparar com um predador. Esses animais também têm glândulas que liberam substâncias tóxicas com sabor desagradável, fazendo com que o predador desista do sapo como comida. Da descoberta ao reconhecimento.

Os machos de C. veredas têm coloração homogênea e amarelada, enquanto as fêmeas têm o dorso marmoreado de cor marrom-atijolada e verde-azulada. (Crédito: Reuber Brandão) Do contato com o sapo até sua catalogação, passaram-se aproximadamente cinco anos. “Primeiro tivemos que fazer um levantamento de bibliografia, comparar o nosso material com outros estudos sobre sapos, investigar acervos de espécies já descritas para então comprovar que se tratava de uma nova espécie”, conta Brandão. A descrição do C. veredas , que contou com a participação dos biólogos Natan Maciel e Antonio Sebben, ambos do Departamento de Ciências Fisiológicas da UnB, foi publicada na edição de junho do periódico científico Journal of Herpetology . O nome C. veredas foi inspirado no local onde a espécie foi descoberta: o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, que faz referência ao clássico da literatura escrito por Guimarães Rosa. O parque foi assim batizado porque as veredas são ambientes característicos do cerrado. A descoberta do C. veredas exemplifica a imensa diversidade de animais existente no cerrado brasileiro e evidencia a necessidade de proteção desse bioma. Diante disso, o Parque Nacional Grande Sertão Veredas ampliou sua área de preservação: do ano de 2002, quando a nova espécie foi descoberta, ao ano de 2006, passou de 84 mil para 231 mil hectares. Para Brandão, não é surpresa encontrar animais desconhecidos da ciência na região. “Há muitas espécies que ainda precisam ser descobertas e estudadas, ecossistemas a serem explorados. A surpresa foi encontrar uma nova espécie de sapo-cururu, pois se imaginava que esse grupo já estava mais bem definido”, explica o herpetólogo, acrescentando que ainda há muito a ser feito quanto ao estudo dos grupos taxonômicos existentes na fauna e flora brasileiras.



Rachel Rimas Ciência Hoje On-line 31/07/2007












quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Os cinco sentidos.







Os Cinco Sentidos
Os sentidos: audição, olfato, paladar, tato e visão. Nós, seres humanos, temos cinco sentidos fundamentais, são eles: audição, olfato, paladar, tato e visão. São eles que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Com esses sentidos, o nosso corpo percebe o que está ao nosso redor, e isso nos ajuda a sobreviver e integrar com o ambiente em que vivemos. Existem receptores especializados, que são capazes de adquirir diversos estímulos. Os três receptores são: Exteroceptores, Proprioceptores, Interoceptores. Com isso: • Pelo tato – pegamos algo, sentimos os objetos, sentimos o calor ou frio. • Pela audição – captamos e ouvimos sons. • Pela visão – vemos as pessoas, observamos contornos, as formas, cores e muitos outros. • Pelo olfato – identificamos os cheiros ou os odores. • Pelo paladar – sentimos os sabores.




Audição
O ouvido é um órgão extremamente sensível, que nos capacita perceber e interpretar ondas sonoras. É pela audição que percebemos os sons. Primeiramente, o som se propaga pelo ar, entra pelo ouvido e chega ao tímpano, uma membrana protetora. O tímpano passa a vibração para três ossinhos juntos entre si: estribo, martelo e bigorna. 1 - Orelha externa é formada por porção cartilaginosa e meato acústico externo, sua função é localizar, direcionar e amplificar o som. 2 - Orelha média tem como função conduzir as vibrações do ar do meato acústico para os fluídos da orelha interna. 3 - Orelha interna consiste em labirinto auditivo e vestibular.
Labirinto ósseo - canal no osso. Labirinto ósseo - canal no osso temporal. Labirinto membranoso - tecido suave preenchido por líquido, dentro do labirinto ósseo. Ele é o órgão responsável pela audição.


Olfato
O nariz humano tem cerca de 5 milhões de células olfativas, são elas que capturam as moléculas odoríferas e enviam essa informação ao cérebro, que faz o reconhecimento dos odores. O olfato permite sentir vários tipos de cheiros, podendo identificar mais de 4 mil cheiros diferentes. O olfato, como a visão, possui uma capacidade adaptativa. Ao sentirmos um odor forte, a sensação olfativa é bastante forte também, mas, após alguns minutos, o odor fica quase imperceptível. Porém, ao contrário da visão que é capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação olfativa será entre doce e pútrido.
Paladar
É o resultado de sensações percebidas pela boca e também por sensores do olfato. O paladar é o sentido que nos permite sentir o gosto dos alimentos. Na língua existem 10 mil pequenas estruturas chamadas papilas gustativas e existem sensores dentro de cada uma delas, chamados crepúsculos gustativos, que transformam o sabor em impulsos elétricos e esses impulsos informam ao cérebro se a comida é doce, salgada, amarga ou azeda. O olfato tem uma grande importância para o paladar, pois, quando colocamos algum alimento na boca, a mesma libera odores que se espalham pelo nariz. As sensações olfativas funcionam ao lado das sensações gustativas, auxiliando no controle do apetite e da quantidade de alimentos que são ingeridos. A saliva também é importante, pois as moléculas do alimento precisam ser dissolvidas em algum líquido. A saliva entra em ação, assim que você sente o odor do alimento, esse processo é conhecido como água na boca.
Tato
O tato é o primeiro sentido que desenvolve nos seres humanos. É pelo tato que sentimos as propriedades dos corpos físicos, sua dureza e textura. No tato existem três tipos de sensibilidade: - Mecânica - Térmica - Dolorosa O tato é diferente de todos os outros sentidos, ele só é ativado quando tocamos em algum objeto. Milhares de células entram em ação para nos informar se é algo quente ou frio, áspero ou macio, fofo, seco ou úmido.
Visão
A visão é um dos cinco sentidos dos seres humanos, é aquele que nos permite ver o mundo à nossa volta.
Se não tivéssemos visão seria impossível ler as palavras do modo como fazemos, provavelmente não haveria cinema, artes plásticas, fotografia e até mesmo a televisão. Os globos oculares estão localizados dentro de cavidades ósseas denominadas órbitas, compostas de partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático, esfenóide, etmóide, lacrimal e palatino. Ao globo ocular encontram-se associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Esqueleto Humano (para crianças)





Esqueleto.



Como será que se faz embaixadas?" _ era o que a garota pensava, quando via os meninos fazendo a bola quicar nos pés, sem deixá-la cair no chão. Não sossegou até aprender a fazer também. Ela tentou, treinou, tomou olé da bola, ficou brava, acalmou, e finalmente pegou o jeito.
Mas o que o corpo precisa ter para que alguém possa fazer embaixadas?
Primeiro, para ficar de pé, é preciso ter ossos. A não ser que você seja um boneco inflável. E por falar em ossos... é preciso um batalhão deles para compor um ser humano. O esqueleto é formado por 200 ossos! Ele é a estrutura do corpo, quem dá força ao organismo e protege os órgãos internos. Com um grande espírito de equipe, os ossos trabalham todo o tempo em conjunto, e têm uma boa ajuda das cartilagens.
E o que seriam as cartilagens? Vamos voltar um pouco no tempo: quando você era um bebê, não havia ossos no seu corpo, apenas cartilagens, que é um tecido mais maleável que o tecido ósseo. E conforme você foi crescendo, ela foi se transformando em osso. Mas uma parte dela sobrou, para ajudar na ligação entre os ossos.





Cabeça e Tronco.



Você já viu uma caveira? Reparou que no lugar do nariz ela tem um buraco? É que a caveira é só osso _ e boa parte do nariz é uma cartilagem...
Crânio: é o conjunto de ossos que envolvem e protegem seu miolo mole. O traumatismo craniano ocorre quando uma pancada muito forte quebra alguma parte dessa proteção. Há duas aberturas para encaixar os
olhos chamadas órbitas; e também aberturas para os ouvidos e o buraco do nariz.
Blá blá blá. Ao crânio está encaixada a mandíbula, que se mexe quando sua caveira mastiga, ri, fala. Credo!
A clavícula, osso fácil de quebrar, envolve o pescoço e os ombros.
As escápulas (antigamente chamadas de omoplatas) sustentam os ombros. Se fôssemos anjos, as asas cresceriam aí.
Os 12 pares de costelas são um grupo especial no batalhão dos ossos. Elas são os seguranças do
coração e do pulmão. Para proteger esses órgãos, elas formam a caixa torácica, com a ajuda do esterno, o osso do peito. As costelas são elásticas e se movimentam quando enchemos o pulmão de ar. E estão ligadas à...
Coluna vertebral (espinha dorsal): também é flexível. Ainda bem _ se não fosse, como você amarraria o sapato? Como olharia para trás, quando seu melhor amigo está chamando você? A coluna é formada por uma porção de ossinhos chamados vértebras, empilhados um em cima do outro, com a ajuda de articulações e ligamentos. O nome do último ossinho da coluna vertebral é cóccix.
Outro conjunto de ossos forma a bacia, nossa "cadeira" natural. Fazem parte dela os ossos do quadril - protetores dos nossos rins, por exemplo.

Braços e Pernas.

Vamos agora dar um passeio pelos ossos dos braços e das pernas
Úmero é o osso da parte de cima do braço, do ombro ao cotovelo. A parte de baixo, do cotovelo até a mão, é formada por uma dupla inseparável: rádio e ulna. O rádio fica no mesmo lado que o polegar.
A ilusão da mão: embora a mão pareça ser formada por um osso redondo que se divide em cinco dedos, não é bem assim que acontece. Ela também está dividida em cinco ossos, os metacarpais, envolvidos por
músculos e nervos, que dão essa impressão maciça para a mão. Os ossos dos dedos são a continuação dos metacarpais, e se chamam falanges.
O osso que sustenta as coxas é o mais comprido do corpo: chama-se fêmur.
Que bonito é... quem faz qualquer
esporte sabe como é importante o joelho. No futebol, a embaixadinha só é possível por causa do joelho. Ele é uma zona de impacto _ ou seja, qualquer pulo sem jeito que você dê será absorvido pelo joelho. Por isso, ele tem um mecanismo formado pela patela, pelo menisco e pelos ligamentos. A patela atravessa o joelho. O menisco a protege. Os ligamentos têm a função de manter o conjunto unido.Tem também os ossos da parte de baixo de cada perna, como nos braços, além da trinca de ossos que compõem o pé. Vamos conhecê-los?

O gato que prevê a morte. Arrisca algum palpite!!!!!!











Segunda-feira, Julho 30, 2007

O GATO QUE PREVÊ A MORTE.
O gato Oscar é uma referência para os profissionais de saúde do Steere House Nursing and Rehabilitation Centre, em Providence, nos Estados Unidos, que trata doentes com Alzheimer e Parkinson. O gato Oscar tem como especialidade saber qual dos pacientes do hospital já tem hora marcada com a morte. Num artigo publicado no prestigiado New England Journal of Medicine, o geriatra e professor universitário David Sosa explica como Oscar anuncia a morte iminente de um doente. Todos os dias, Oscar levanta-se da sua posição favorita e dá início a um passeio pelo 3º piso do centro de saúde. Quarto após quarto, o gatinho de dois anos de idade vai-se abeirando das camas, cheira os doentes e, de vez em quando, entrega a sua mensagem de morte: sobe para a cama, enrosca-se no corpo do doente e fica ao seu lado até ao último suspiro. Este comportamento já foi verificado por mais de 25 vezes, segundo o professor da Universidade Brown, num testemunho corroborado pela sua colega Joan Teno. Em declarações à Associated Press, esta especialista em tratamento de doentes terminais da Universidade Brown diz mesmo que Oscar não tem rival na desagradável tarefa de predizer a morte de um paciente. Ninguém sabe explicar o fenômeno do Gato. Algum palpite?

Algumas Flores

Íris


Tulipa


Margarida



Cinerárias




Violeta Pendente





Hibisco






Niféia







Clematis








Dalia









Cinerária










Alisso











Ixora












Lírio













Cravo














Violeta















Rosa